Essa Indiferença sempre aterrorizou Catarinamais que o desprezo, mais que a repulsa.
A Indiferença é uma pedra que, embora pedra, pulsa e vibra.
Uma pedra açoitada por musgos e cobras-cegas.
Uma pedra que se faz inerte, ainda que orgânica, que finge e se deixa sabotar.
É a alma em estado vegetativo, na margem do ser, pronta para a queda.
É a alma em estado vegetativo, na margem do ser, pronta para a queda.
É o coma dos Sentires, que mantém o Querer anestesiado e preserva-o refém dos dedos firmes que envolvem o chicote.
É a faca apática, fina e oportuna, que pressiona até romper. Rompe e deixa brotar o córrego que se esvai até o fim.
É a faca apática, fina e oportuna, que pressiona até romper. Rompe e deixa brotar o córrego que se esvai até o fim.
Combate subaquático. Desesperado, porém surdo.
Cansada, Catarina se vê afrontada,quase sem forças, nessa batalha sem futuropelos olhos dele nos dela.
Um comentário:
Nunca tinha lido algo como este texto sobre a Indiferença. Ficou muito bom!
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