quarta-feira, 28 de julho de 2010

Foi paixão.


É paixão, Catarina, essa lava

Que chega, que fica, que arde.

É uma erupção de fim de tarde

Dos prazeres que se sente, mas não se fala.

Fica quieta, Catarina, não faz alarde!

Fica, fecha-te os olhos e te cala.

Descansa que hoje, nessa madrugada,

Serás mulher, e eu o homem que te parte.

Não chore, Catarina, meu amor.

Sei que sou bruto causando-te dor

Mas é para que te acostume a outros covardes

Agora vai, Catarina, vai, mas não te farte

Dos amores que em fila estão no aguarde

Para usar a tua alma, corpo, calor.








Sobra de alguns anos passados,
quando Catarina não era Catarina
e o nome repetido era outro.

sábado, 17 de julho de 2010

Ela não podia.

Não queiram me dizer o motivo de eu estar aqui, sozinha. Vocês não sabe quem sou, nem o que aconteceu.

Mas Catarina é minha pseudo-liberdade, meu porto. Só que estou aqui, embriagada de ternuras recordadas. Sofrendo com essa ressaca na minha almoceanica não pacífica. Meu coração desritmado, enfurecido e danificado queima. Eu sei que Catarina não é justa ao me penetrar com seus olhos. Catarina não é justa ao me penetrar com seus olhos.

Não é.



Ela não podia.