A gralha que gargalha calculista
Fita meus olhos turvos em segredo
Sorrateira, os inunda com o medo
Que transborda na gota derrotista
O silêncio sufoca, derradeiro
E a gralha mata o anestesista:
O grito - que some sem deixar pista.
Levo as mãos à boca em desespero
É música no bico desse artista
Que geme e grasna e grita um pesadelo
De visões desgraçadas que eu mereço
Forço os olhos abertos – estremeço.
É estrela dessa orquestra, é solista
A gralha que gargalha calculista.