sábado, 30 de abril de 2011

Aqui.

Aqui onde tudo se perde, onde o modesto não se mede, onde o céu engole a terra.


Aqui onde o coração bate, bate, bate..

...marcando o compasso, contando os paços

de meu caminho.


Aqui onde o vento faz a curva fugindo do marasmo, mas que,

pra evitar o cansaço,

vai... de... man...si...nho...


Aqui onde costuro o destino, bordo, alinhavo,

até que bate o tédio e desmancho.

Aqui onde perco, acho, quebro;

concerto, arrumo, desencanto.


Aqui onde o trovão sacode a janela e o relâmpago clareia o quarto.

Aqui onde a tatuagem com o nome dela sai do peito e fica no retrato.


Aqui onde o médico diagnostica um abscesso.

Aqui onde meu corpo cai e desfalece.

Aqui onde me deito, fincando as mãos no chão pra ter mais coragem.

Aqui onde me deito e faço uma prece.

É aqui onde o que se mata morre incerto.

E o vivo,



...





o vivo não sabe se merece.





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