É paixão, Catarina, essa lava
Que chega, que fica, que arde.
É uma erupção de fim de tarde
Dos prazeres que se sente, mas não se fala.
Fica quieta, Catarina, não faz alarde!
Fica, fecha-te os olhos e te cala.
Descansa que hoje, nessa madrugada,
Serás mulher, e eu o homem que te parte.
Não chore, Catarina, meu amor.
Sei que sou bruto causando-te dor
Mas é para que te acostume a outros covardes
Agora vai, Catarina, vai, mas não te farte
Dos amores que em fila estão no aguarde
Para usar a tua alma, corpo, calor.