Catarina decidiu que se permitiria viver.
Finalmente soltou os cabelos. Pegou uma tesoura qualquer e parou em frente ao espelho do banheiro. Separou a franja que, sem cuidado, estava embaraçada e já cobria todo o rosto, no qual apenas o queixo de Catarina permanecia visível. Decidiu que iria abrir a cortina pesada que bloqueava o sol que lutava para entrar janela adentro. Juntou os fios e, com a mão mais firme do que muitos cavaleiros empunhando suas espadas, cortou. Um corte único, reto, na altura das sobrancelhas. Sentiu-se leve. Correu para o banho. Embaixo do chuveiro, cantava:
Será a satisfação uma das peças, talvez a primeira, na construção da Felicidade?
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