terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sapless

Pálida, Catarina deitava, mas não dormia.




De seus poros dilatados escapavam gênios.
Libertos, regiam cultos aos seus deuses:

Inquietude,
Transtorno,
Fracasso.



Seu sol não brilhava, a cortina encobria.
Catarina se escondia por baixo de uma multidão de pensamentos. Refletia. Tramava. Trapaceava com o próprio querer. Catarina desejava, mas temia.

Tentava, alucinava, mas não sentia.
Catarina fechou os olhos, mas de jeito algum dormia.
Tudo nublava, nada se via.



"Ela não vê, não sente que está preparando um veneno..."
(Os sofrimentos do jovem Werther - Goethe)








Um comentário:

jéssica disse...

fiquei com medo, ui :X